sábado, 29 de março de 2008

A Criança Que Não Queria Falar



A criança que não queria falar
HAYDEN, Torey; A criança que não queria falar; tradução de Maria Emília Ferros Moura; 4º edição; Lisboa; Fevereiro; 2007; Editorial Presença (colecção Grandes Narrativas, 343)

Torey Hayden nasceu em 1951, em Livingston, Montana, nos EUA. Possui uma larga formação e uma longa experiência nas áreas da Psicologia e Educação, onde tem trabalhado, principalmente no ensino especial. A partir de 1979, Torey começou a escrever sobre as suas experiências como educadora.
Em 2007 chega a Portugal um grande livro seu – A criança que não queria falar. Conta-nos uma história real de oito crianças com dificuldades de aprendizagem e que, por isso, são “postas de lado”, ou seja, passam a ter aulas com uma professora/psicóloga especializada.
Este é um livro com uma história autêntica. Infelizmente, ainda temos contacto, na actualidade, com este tipo de realidades, as quais (e admito-o com constrangimento) se vão tornando vulgares.
Torey tenta procurar soluções para um problema desconhecendo se existe resolução, já que actua num “mundo” onde nem o amor, por vezes, consegue curar e mudar a vida destes pequenos lutadores – seres humanos com menos de dez anos, que sofrem, lutam e tentam manter-se “por de cima” e que, no fundo, talvez saibam mais de alguns aspectos da vida do que nós. “São crianças afectadas emocionalmente, que vivem sem amor, sem esperança, no entanto, aguentam e algumas aceitam-no porque desconhecem outro tipo de comportamento.”
E, assim, naquela manhã de Agosto vão entrando na sua sala as crianças que vão mudar a sua vida. Dentro deste grupo vamos encontrar Peter, Tyler, Max, Freddie, Sarah, Susannah, William e Guillermo. Alguns destes meninos sofrem de (ou/e) esquizofrenia, autismo, fobias, abusos sexuais e físicos.
Inicia-se um longo caminho para tentar superar os traumas e os medos destes miúdos de palmo e meio, mas com muita coragem. E, numa época de paz e de progressos, Torey recebe a notícia de que vai ter mais uma menina na sua aula, temporariamente, até que abra uma vaga no hospital psiquiátrico – Sheila.
Sei que quem ler este livro vai questionar o porquê de tanto amparo a Sheila. Contudo, pergunto se já alguma vez se sentiram traídos por tudo e todos, sabendo que não podem confiar em ninguém porque à primeira oportunidade serão julgados por isso. Sheila era assim. Não confiava em ninguém e, com apenas 6 anos, acreditava que a culpa de a mãe a ter abandonado e levado o seu irmãozinho, era sua. O pai era um alcoólico que não sabia como lidar com a filha ou, talvez, com a sua própria fúria.
Torey vai tentar ganhar um pouco da confiança de Sheila para que consiga acalmá-la, torná-la mais comunicativa e menos impulsiva. Um trabalho árduo que dará frutos, mas que irá custar muito às duas, principalmente quando se separarem. Ela descobrirá o que ninguém pensava de Sheila…
Depois desta leitura, tenho a certeza de que o mundo é materialista. É verdade que o dinheiro faz falta, mas Sheila apenas queria um simples vestido, algo tão fácil de alcançar, para a maioria de nós…
Fiquei, sem dúvida, angustiada pelo facto de Sheila ter incendiado um rapazinho de três anos. Fiquei também um pouco desiludida porque o livro não conseguiu dar uma justificação para este acto tão desesperado.
Esta é uma obra verídica e comovente, que nos leva a pensar num tema para o qual nos fazemos de cegos.
Uma conclusão: é necessário mudar.
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Este foi uma dos bons livros, que não muito grande, e que li em uma semanina ou menos. É uma pouco forte porque a história não é fácil de se encarar pois esta é veridica, no entanto aconselho toda a gente a le-lo... ficam aqui com uma pequena apreciaçao minha =) desculpem o facto de não ter paragrafos, mas o blog a maior parte das vezes não os deixa fazer.
bjs

sexta-feira, 28 de março de 2008

Recebi esse desafio enviado por minha amiga Joice Obrigada pela lembrança!!!

Regras do desafio:
1. Colocar o link da pessoa que nos "marcou"
2. Colocar as regras no blog
3. Partilhar seis coisas sem importância para nós
4. Marcar seis pessoas no final
5. Avisar essas pessoas, deixando um comentário nos seus blogs

Enviado por
Joice - Blog de ponto cruz da Joice

Seis coisas sem importância para mim:

1. Não me importa...
as criticas das pessoas que não se olham ao espelho, que me criticam por aquilo que me torna diferente (sim porque não somo todos iguais), no fundo que me criticam por aquilo que amo, sonho e SOU!!!

2. Não me importa... de ajudar os outro, de dividir as minhas coisas, mas importo-me se tratam bem delas ou não.

3. Não me importa... de não ser bela. Sou um ser humano e como tal tenho as minhas imperfeições e vivo com elas, também ninguém é perfeito essa é a realidade do mundo.

4. Não me importa... de estar acordada ate tarde lendo um bom livro com um único mal o de ler, ler e ler e nunca reparar que ja passa das 2 ou 3 horas da manhã. :P

5. Não me importa... o materialismo, o que importa é a alma e o espirito, a amizade e a vida.

6. Não me importa... de estar apaixonada por uma anjo =)

Esse foi meu primeiro desafio era para ser passado as minhas amigas do blog e como não tenho amigos aqui ainda.. fica para quem quiser ler e conhecer-me um pouco melhor


bjs

quinta-feira, 27 de março de 2008


Aqui esta um moldura que eu decorei com a técnica de découpage com guardanapo.
Ficou tudo muito bem menos as letras de "amo-te" que foram imprimidas na minha impressora e com tal ao passar a cola ficar um pouco borrado =(
na parte de meio colei aquele bonequinho com o objectivo de se alguma vez não houver fotografia estar alguma coisa ali a não ser a madeira, mas agora já há foto e o bonequinho passa a vida tapado =) fiz uma montagem e depois imprimi ficou bonito...

Esta foi uma prenda para o meu anjo, no dia dos namorados, confesso que só ficou pronta no dia 26 de Fevereiro, mas a escola não deixou que ficasse mais cedo...
Foi acompanhado por um poema que me esforcei ao máximo para que ficasse especial =)

bjs obrigado a quem visita

quarta-feira, 26 de março de 2008

Diário de letras

Tavira, 20 de Novembro de 2005


Hoje voltei a pegar no livro de Dick Haskins, e como das outras vezes voltei a ler a introdução que até hoje ainda não me fartei de reler…

Por isso vou transcreve-lo para aqui pela simples razão de que essa introdução me dizer muito da infeliz realidade do mundo actual.

“ O mundo está podre.

O mundo desmembra-se em pedaços, lentamente, à medida que progride no seu corpo as ramificações do cancro que domina e alastra.

Cada uma das raízes do seu tumor maligno tem nome: Luxúria, Vaidade, Ambição Desmedida, Indiferença Pelo Próximo, Ódio, Cobiça, Imortalidade, Desequilíbrio Mental, Preguiça, Soberba, Assassínio e um sem-número de nomes mais para outras tantas raízes.

Este é o Mundo do Século Vinte, é o meu e o teu Mundo; é o nosso Mundo. Como tu, como um leucócito ou eritrócito, nele navego, em veias, artérias e capilares; nele, como tu, procuro sobreviver as tempestades, iludido, porque ainda penso que posso contribuir para a descoberta de uma cura que me parece já irremediável.

A voz que pretende repercutir-se no teu espírito, traduzida em associação de letras, palavras, linhas, parágrafos e páginas, é minha; é uma voz abafada pelos ventos ciclónicos que sopram de todos os quadrantes, é um gemido de alerta, uma bóia furada à qual talvez te possas agarrar e continuar a viver, se a margem do teu mar não estiver demasiado distante…

Esta história pode não ser tua, mas, de qualquer forma, é para ti, é o Mundo de hoje.

A solidariedade ainda existe, para muitos, em vinte e quatro horas e trezentos e sessenta e cinco dias. Por que é que todos os dias, os meus e os teus, não são Natal?

Ri-te de mim, até as lágrimas, se quiseres, mas não me chames teórico, filósofo ou qualquer outro nome que não se enquadre comigo. É um facto o cancro do Mundo, não duvides, e as páginas que constituem as minhas células vivas não são feitas de rosas, mas de espinhos; se não os puderes suportar, não oiças a minha voz, põe-te de lado.”

E de cada vez que releio este excerto, fico com uma sensação de que o mundo vai cada vez mais ao encontro disto, e que o Homem é o principal culpado desta tragédia, que avança a passos largos sem que a possamos impedir. E talvez os que lutam para evitar que o Mundo, o nosso Mundo, fique ainda mais drástico, nunca tenham uma recompensa do seu ardo trabalho feito ao serviço da humidade…

Pelo caminho que estamos a percorrer, talvez tenhamos que nos matar uns aos outros e nessa altura o cancro nos vencera de uma forma tão fácil, tão mortífera. E ai estaremos a beber o veneno da humanidade, aquele que poderíamos nos ter esforçado para combater. Mas a sociedade é demasiado egoísta e materialista para pensar num bem que nos e comum... a vida e sem planeta Terra não há vida.

Talvez a sociedade de hoje pense: “ Quando o Mundo acabar eu já não estou aqui, por isso por que é que me vou preocupar com algo que não me vai afectar?”. E se o fim esta mais próximo do que imaginamos? E se não formos nós a sofrer, e sim os nossos filhos ou nossos netos? Como é que ficaríamos? Será que não nos afectaria?

E bom que a humanidade se vai-a já acostumando a levar um peso de consciência por que nós, se continuarmos a agir desta maneira, é que vamos acabar com o planeta. E não será uma boa ideia começar a pensar nisso?

terça-feira, 11 de março de 2008

O mais belo sentimento... o amor


Amo-te

Sim, ouviste bem

Eu amo-te com todas as letras

E volto a repeti-lo se for preciso.


Hoje ao escrever pensei, reflecti e senti

Senti saudades, umas saudades devastadoras de te ter aqui

Para mim, só para mim


És o meu mundo

As minhas palavras tontas,

Alastradas de amor e desejo…

És o sentido da minha alma

Num só corpo, numa só vida e talvez num só beijo


Possivelmente, sou egoísta para o meu ego

Mas, esta é a realidade

Sabes bem que te quero,

Que te espero ou desespero por ti

Desde o primeiro segundo em que te vi.


Confesso que, se as palavras expressassem toda a força deste sentimento,

Neste momento, esta mera folha de papel já não estaria aqui,

Teria sido completamente devastada…


Se pudesse, dir-te-ia todos os sentimentos numa só frase

Com coragem, garra, paixão e com força para lutar por ti


É ridículo já sei que sim,

Mas que queres

EU AMO-TE…


Para o meu mais que tudo =)

10/02/08

não sei de quem é a imagem mas gostei dela

bjs e um muito obrigado a quem lê..

segunda-feira, 10 de março de 2008

Ódio

Tenho ódio de mim própria,
Tenho pessimismo,
Pouca vontade de estar aqui...
Tenho uma grande confusão na minha cabeça.
Não tenho nada ao qual me agarrar...
Não quero ver o meu fim...
Não quero acreditar que um dia ainda existira algo em que faça mudar de ideias…algo de bom.

Será que haverá amor?....
Não há, nunca vai existir, existe sim ódio não dos outros, mas principalmente de mim...
Chegou um limite, um limite ao qual nem eu sei bem como o descrever...
Só sei que esta vida não será feita de sorrisos,
Só sei que não consigo acreditar que um dia vou ter o amor de alguém...

Quero chorar, mas não consigo
Quero gritar ao mundo o que tenho dentro de mim
o ódio,
a infelicidade,
a tristeza,
a desilusão...
Que tantas vezes me assombra, que tantas vezes tento mandar embora, mas esta vence-me e entra dentro do meu coração, da minha mente e permanece cá até que eu tenha força para lutar contra ela....
só que a força não vêem e este sentimento continua a consumir-me por dentro, a matar-me aos poucos...
Que ódio que tenho de mim própria
que vontade de ser esquecida
que vontade de desaparecer....
Mas ao mesmo tempo que vontade tenho de ser feliz de acreditar em alguma cena, qualquer coisa que me faça ficar aqui, qualquer coisa que poça dizer que valeu a pena fazer, mas parece que nenhuma delas serve para me manter aqui....

Talvez este seja um problema meu...
eu devia lutar mais, eu devia vencer se tivesse mais força...
Mas não tenho! não sou forte, não tenho lutado o suficiente, não tenho nada que me incentive a lutar...
tenho o mundo perdido..lágrimas nos olhos..e ódio no coração....

Voltei a cair no pessimismo...ou será que nunca sai de lá?...boa pergunta, mas acho que nem eu sei responde...

hoje vou odiar tudo e todos....
hoje principalmente vou ter ódio de mim....
hoje ninguém vai reparar nisso...
porque ninguém sabe quem sou...
ninguém me conhece...
e assim vivo uma vida de mentira
onde estou a rir quando quero chorar...
onde todos os que me rodeiam não fazem a mínima ideia do ódio que tenho....

é por isso que lhes tenho ódio...
é por isso que lhe chamo conhecidos...
é por isso que pergunto se os amigos existem? E se de facto existirem não nos deviam conhecer e perceber quando estamos mal?....


será que sou eu muito exigente?
sou eu que deveria ter contado tudo....

NÃO!!! Eles deviam ter compreendido...

mas não interessa....
agora já esta feito e mesmo assim vou continuar a sofrer com isso...

porque não foi um amigo
foram muitos,ou melhor, todos
todos aqueles em que confiava
os poucos que tinha...

há que começar do zero....

mas onde esta a força?...não há....
e também não há vontade de acreditar nisso...

por isso, andes de muitas outras coisas que tenho de mudar...
tenho de ganhar coragem, lutar, mesmo seja para perder....
queria não ser tão afectada pelas batalhas perdidas....
e principalmente deixar de ser pessimista....

isso começa tudo por mim....

MAS ESTA LUTA VAI SER BEM MAIS DIFÍCIL DO QUE TODAS AQUELAS QUE VOU TER AO LONGO DA VIDA....ESTA VAI SER UMA LUTA MINHA…E CONTRA MIM...

no meio de tantas reticencias há sentimentos escritos no dia 04/01/06
sentimentos controversos ao qual eu já não sabia mais por onde lutar.
condicionei a minha vida, conhecia a decadência do meu mundo interior e tive a ideia de que a vida não fazia sentido..
devo a minha permanência neste mundo a duas meninas gémeas que sao como minhas filhas ao qual eu me agarrei muito.

não apago este texto pois ele é a experiência viva daquilo que senti.

domingo, 9 de março de 2008

O dilema de uma vida

Quero o teu infinito,
o teu amor,
a tua solidão.
Quero que ninguém me encontre
que me dêem como perdida
nas ondas deste mar.

Que me apaixone por ele
um perdido
com eu,
com tu..

E que os nossos beijos se tornem musica
misturada com a água salgada.
O barulho das ondas a rebentar...
acompanhado pela força do palpitar do coração...

lá em cima.. as estrelas,
a noite que parece nunca mais acabar...
esse foi o meu desejo,
o meu grande interesse para esta noite...
que nunca mais acabasse.

mas mesmo assim no abrir e fechar de olhos
o mar desapareceu
deixou de se ouvir o bater do coração,
deixou de haver amor
e nunca mais anoiteceu.

meu pobre sonho
que se perdeu nas ondas do meu pensamento,
nas minhas lágrimas,
nos meus pequenos sentimentos...
perdi-te ou sera que me abandonas-te? agora choro...
porque vejo que te foste embora e que nem tiveste coragem de olhar para trás...

será que não percebes que o pior foi nem foi ires embora, foi mesmo teres brincado, dado esperança e depois... mataste-me.

LiLiAnA Emídio

sexta-feira, 7 de março de 2008

A idade impura

Na idade impura
Vendo a vida por uma gruta,
Tudo nos parece o fim do mundo.
A adolescência, a melhor das idades
mas em que somos confrontados
com novas responsabilidades.

O mundo parece-nos demasiado grande para os nossos deveres,
mas demasiado pequeno para os nossos sonhos,

E gigantesco para os nossos medos.

Ah! Quem me dera voltar a ser criança!
Ter o brilho nos olhos,
A inocência na face preenchida por uma curiosidade aguçada
Que me incentiva a explorar o mundo.
E a usar intransigentemente o "Porquê?... Porquê? … Porquê?"

Ah! Mentalidades distintas!
Agora, com as arestas polidas
Crescemos, ganhamos experiência.
Porém, perdemos a criança vívida…

Sonhos, meramente sonhos…
Ou pura realidade da idade que queremos,
Mas que ainda tememos.