quarta-feira, 16 de junho de 2010

P.s - Palavras precisam-se



Deixem-me chorar, olhar para o tempo a passar e achar que ele devia parar.

Deixem-me hibernar para não ter que acordar amanhã quando tudo me parece igual, banalidades rotineiras que, actualmente, fazem parte de mim mais do que queria.

Hoje, acordei e olhei ao espelho, olhei para os meus olhos cansados com vontade de não seguir em frente, olhei para a minha cara que transmitia demasiado aquilo que sentia… olhei para a minha alma vazia e magoada que levemente pedia ajuda, gritava por mim e eu não lhe respondia, não tinha força para a abraçar, para trata-la com carinho ou amor. Juro, queria fazê-lo, mas acabei virar-me para o lado ao posto para não ter que ver a minha imagem. Eu queria guardar isto para mim, queria não incomodar ninguém mas não dá, não consigo evitar não chorar com pequenas coisas. E por favor, não me digam que o tempo cura porque é mentira, apenas ameniza a revolta, a raiva e o desespero por um dia, um único dia onde possa sonhar: eu sorri com gosto!

Eu sei que todos temos épocas que são mais sufocantes e outras mais risonhas, sei que não sou a primeira nem a ultima a passar por isto, e que os dias, esses parecem meses, longos meses onde nada contribui para te acalmar. Palavras para quê? Palavras para ter que expressar isto? Palavras para momentos difíceis, onde tudo parece ainda mais complexo e improvável de resolver.

Hoje disseram-me que tinha um dom. Eu fiquei a pensar que dom? Sou mais uma simples humana num mundo selvagem de emoções, sou mais alguém que luta ou desiste por completo de algo. O que tenho em mim é mais de comum! Mas mesmo assim obrigado pelas palavras.

Vou caminhando calmamente sem grandes metas estipuladas porque não vale a pena, nada é certo só o presente e eu agora não lhe dou valor, não consigo. Tenho marcas, muitas marcas, que não consigo apagar, não se curam e queimam como as lágrimas que correm aos poucos dos meus olhos sem que cumpram aquilo que lhes peço. Por favor, silenciem a minha dor, silenciem os meus passos e a minha voz que se puder eu andaria como um fantasma. 

Agora já não consigo chorar porque me custa, falta-me o ar e a esperança… acho que enterrei sentimentos. 
Estes são os meus desabafos de um dia que está difícil de acabar. De olhos vermelhos observo as quatro paredes deste quarto na esperança que o amanhã tenha mais e mais coisas para ocupar o tempo, que não tenho… para não pensar nem um segundo nisto!

p.s - Palavras precisam-se como preciso de oxigénio para me aguentar por cá, nem que seja apenas fisicamente.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Guitarra de ilusões




A quem ler este texto, tem dois pontos de aviso:
1-Não liguem a estética, porque não o fiz belo, é um texto para falar de mim, para desabafar.
2-Não está correcto gramaticalmente, porém estão aqui os meus sorrisos e as minhas lágrimas. Está desorganizado!

Disseram-me para escrever… Eu assim o fiz, pois penso que essa ainda seja uma das maneiras de libertar o que me vai na alma e no coração.

Não vou dizer que é injusto certas e determinadas situações porque quem acompanhou os meus últimos textos sabe que assim é…

Há que chorar, chorar para aliviar toda aquela raiva que segue a minha mente, o sentimento de engano e de revolta, se bem que não me serve de nada ter isto porque não resolve nada, apenas nos magoa ainda mais.

O tempo passa tão rápido, foge das nossas mãos como se fosse areia, dou por mim a perguntar porque será que um dia não tem mais de 24h, porque é que não podemos parar um dia, um momento de felicidade, para que as nuvens negras deixem de nos pairar um pouco. Sonho com isso, sonho com o dia bom, o dia de sol e de sorrisos, de um abraço apertado sem porquês, sem tempo, sem pressas. Dias felizes virão e assim espero eu, tal como as pessoas que ainda tentam que não vá a baixo, as que estão por aqui, as que não fogem quando mais preciso de alguém para não ficar comigo, para não ver este lado negro.

Este texto deve ter sido dos piores que já escrevi, mas também não importa que isso é o continuar de coisas que já sentia nos textos anteriores, mas que ainda não sabia as causas.

Depois desta guerra, quero curar as feridas, e seguir em frente, sei que até lá vou chorar pelas perdas materiais, pelos mil pedaços em que desfizeram outra vez o meu coração, mas que serve, de que me serve tentar compreender o porque de coisas que nem a pessoa que assim me fez ficar sabe. Há coisas que é melhor não saber, não tentar perceber por mais que aquela resposta nos possa preencher com algo, mesmo que esse algo seja negativo. Há coisas que dava tudo para não saber, coisas essas que me custaram ar e dias de vida. Já olhei para isto com mais positivismo, com mais garra. Vou seguir o meu caminho e por favor não me peçam para não chorar, não me digam as mais banais frases, aquelas que não ajudam a ficar melhor, aquelas que nos enterram ainda mais.

Ah a excepção do presente envenenado de quem me disse um dia a palavra “amo-te”… passei um dia que me vai ficar na memória… pelas melhores razões =) Enfim vou ter que mudar ali no meu cantinho a minha idade porque já estou mais velha… como o tempo passa tão rápido! Acho que estou a ficar velha para isto :p Não tinha bolo, mas se o tivesse lá teriam que constar 21 anos.

Oh Leiria, minha linda cidade, não te vás embora… para sempre estudante, para sempre CSEM (momentos para recordar).

P.S- Depois disto ao menos não custa tanto (pelo menos parece)
Desculpem o som do vídeo não ser grande coisa mas oiçam a música que vale mesmo a pena =)