terça-feira, 12 de abril de 2011

Saudades do mar...

Eu era para estar a trabalhar. Já filmei e agora deveria estar a editar, mas não consigo, não tenho concentração para isso. Algo me deixa presa no horizonte, algo me deixa a olhar para o nada, porque é isso mesmo, eu não sei para onde olho.
Estou maçada, cansada. Não deixei de gostar disto mas queria algo, queria pegar, fazer algo...queria o mar, queria ver o puro mar.
Ouvir o barulho do rebentar das ondas, sentir a brisa fresca, o cheiro a maresia. Fecho os olhos para que assim te leve a qualquer lado, pois esta era a única paz que precisava. Senti-me feliz, senti cada pecado de ti, ó mar!
Queria fotografar ideias, sensações, queria levar comigo aquilo que aqui escrevi. já usei as palavras e pareceram-me fortes, já usei a fotografia e deixou muita à quem.... falta algo, algo muito importante, falta... falta fazer parte, ter o serviço completo, por assim dizer.

Senhor porque sou tão insatisfeita? Porque me completo com coisas que poucas pessoas ligam?
Acho que o cansaço está a tomar conta e mim.

Ó mar, abraça-me
Tapa-me com teus mantos,
Em teus turbantes de um azul infindável,
Porque sóis tão amável,
tão maravilhoso e revoltoso em tuas ondas, tuas simples ondas.
Como tens tanto poder?
Como te consigo amar tanto sem te ter ligado, devorado ou enaltecido?
Não me aproveitei de ti, não te disse que me fazias falta, mas mesmo assim aqui te tenho em meu coração, nos meus sonhos ... meu amado mar.

Da tua algarvia que te abandonou, mas que nunca te esqueceu!

Liliana, M.G., 6 de Abril de 2011

Diário de Bordo

Hoje sinto-me feliz... O trabalho tem dado lucro, tenho me conseguido orientar bem.
Olho em volta e penso os três meses vão passar a correr e que vão deixar saudades disto tudo. Ainda tenho fitas para entregar e, parece que, com elas sai parte de mim (Lembrei-me daquela celebre frase: há pessoas que levam com elas um pouco de nós)

Liliana, 25 de Março de 2011 M.G.

Acho que vou começar a fazer uma espécie de diário de bordo, não é que eu fosse menina de ter diários em pequena ou de escrever a contar tudo o que se tinha passado em x dia. Mas penso que agora encaro isto como um guia as minhas próprias páginas.  
Penso que coisas mesmo importantes a reter neste caderno serão poucas ou nenhumas. Melhorar a minha caligrafia também não era mal pensado, mas não passa por ai... efeitos de escrever rápido!
Outras das coisas que acho notória foi que a semana passou a correr e estamos no muito aguardado fim de semana. Por estranho que pareça a minha vontade é ficar em casa, quieta no meu canto, nem vontade de ouvir as músicas "de saídas" eu tenho. Ando numa de Muse, System e coisas desse género. Não é mau de todo, a música é boa, o som viciante  e a letra uma amostra da realidade (não quer dizer que seja em todos os casos assim)
Peguei no caderno para não estar a olhar para o passado (porque raio me lembrei desta palavra agora quando não era isso que eu queria dizer) o vazio. Muitas vezes tenha dele, tão belo e com coisas tão feias, começando pela minha letra.
Será possível estar farta de pessoas, farta de mostrar aquilo que sou para depois me lixar. Cansei-me de ser assim, cansei-me de não compreenderem que nem sempre posso e quando digo que não fiquem descontentes. Esta é a verdade, será melhor esconde-la para me enganar a mim ou aos outros, conto ou não a verdade?! Porque será que falar de mim se tornou extremamente difícil, pela qual perdi a vontade.
Ainda há quem se lembre de mim e agradeço por isso (também depende dos motivos, mas os que aquilo falo são bem distintos)


Esta música enfatiza algo, enfatiza tanta coisa que não vou referir, vou sentir. 
Liliana, Março de 2011.