Esquecer-me, ter um apagão completo seria fácil, quase sem dar por isso não estaria aqui a conviver com isto. Gostava que ao escrever, estas pequenas linhas, tudo o que expresso se pagasse, ficasse arrumado em gavetas. Pequenos compartimentos como aqueles que temos em casa, numa estante repleta de livros... ainda assim ao olhar para eles parece-me que não há lá nada. Afinal de contas o que são 50 livros numa estante? Páginas e páginas de coisas escritas por alguém; Folhas soltas, essas sim são minhas, são os meus escritos as minhas tentativas de me expressar.
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Preciso de gritar, correr até não sentir as pernas... fugir daqui. SAIR, sair deste mundo. Estou mal com isto, insatisfeita. Porquê? Não sei, não sei mesmo. Tive vontade de reagir assim e foi o que fiz. Sentei-me e dediquei um pouco do meu tempo a descrever este grito seco e mudo, as anomalias passadas, que se notam, que trespassam sobre mim, como balas, balas frias que nos atingem à queima roupa. Preenchidas por vermelho vivo, o sangue ou a vontade... assim o baptizei dependendo da ocasião, da força, do momento.
O contacto com a minha outra parte, a insatisfação do presente..
uffff....
Estou melhor, mais leve. Valeu a pena este breve contacto.
Liliana,
23/06/2012 18:15h
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