sábado, 14 de maio de 2011

O que foi... a tempestade que aqui passou.

Há dias horríveis em que não nos sentimos bem com nada nem com ninguém. Dias esses em que precisamos de estar sozinhos e aparece o inevitável. De tantos dias, horas e momentos porque é que esta alma tinha de estar aqui? Não lhe desejo mal, mas não a quero aqui! Não hoje, não nestas horas, neste momento. Não tenho a mínima paciência para o que quer que ela faça. Não consigo entender como há uma falta de respeito tão grande. Peço apenas para não explodir, para que quando acabe de escrever este texto eu consigo adormecer logo.
Quanto a mim não estou triste mas também não me dou por feliz. Parece que hoje há qualquer coisa que me toca na ferida, não sei onde me dói, sei apenas que dói.
Sei que não tenho paciência para gentinha com esta menina que vejo diante dos meus olhos, gente que não faz nada na vida e passam a noite inteira no PC sem fazer nada de jeito.. enquanto que um pessoa que fez 400km chega ao quarto e quer alguma paz e sossego para dormir e não tem! Pode-se a apagar a luz e eu continuarei a ouvir o barulho irritante das teclas de quem escreve, mas não escreve nada.
Será que não há mais nada de útil para fazer neste mundo?
Será que não pensa? Será que não lhe custa fazer mal aos outros?
A serio a minha vontade é pegar na minha almofada, na manta e ir dormir lá para fora. Acho que os mosquitos não são nada de mais.

Estou meio triste, doí-me a cabeça, tenho vontade de chorar e queria um abraço, queria colo.
Não dormi nada de jeito no expresso para Leiria. Acho que nestes dois últimos dias vi coisas que nunca esperei ver, vi reacções de alguém que nunca esperei antes…. Vi a realidade a entrar a quem nunca lhe ligou, da maneira mais dura. Vi tudo isso sem pestanejar. É incrível como há tempo para tanta coisa e não existe uns breves momentos para nos ouvirmos uns aos outros. Só chegamos a essa conclusão quando o mundo desaba e ai fala-se sobre tudo, perde-se tempo do tempo que nunca se teve. Sentamo-nos cara-a-cara , olhos nos olhos, e ouvimos, mais importante que isso, somos ouvidos, não pelos outros mas pelos nossos, os familiares.
Bem eu devia deixar-me de histórias e ter ido logo dormir, só que precisava de escrever, deixar a marca de um dia que me pareceu estranho e diferente… pena que tenha sido pelas razões que foram. Não sei se tenho algo mais a acrescentar, sei que tenho de ir descansar, no entanto, ainda vou ligar o PC quando não o deveria fazer.
Liliana, Leiria (chegada a casa), 02:53H, 25 de Abril de 2011. –> Dia de liberdade, o dia em que me sentia mais presa e sem palavras, quase como se fosse proibido falar, argumentar ou discutir. Acho melhor para de reflectir. (Já construi coisas tão belas, agora, fiquei-me pelas mais negras, medonhas e negativas. Assim foi o meu dia)

Um comentário:

jopegov disse...

Há dias assim, mas desejo que sejam poucos, porque também há dias em que estamos em altas e tudo corre bem.