segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Diferente...



Diferente do que a maioria pensa;
Diferente daquilo que se considera previsível.
Não queria estar a ter esta conversa comigo, mas agora que comecei, irei em frente. É incrível, o que os acordes de uma música podem desencadear; Como as palavras soam e nos fazem mudar de perspectiva, como nos rompem sonhos e nos congelam momentos, situações e nos oferecem silêncio!
São cidades reconstruidas, vividas e cheias de tudo, preenchidas por rostos e palavras cravadas a sangue ou a tinta! São nossas, as amarguras da alma, os riscos em destaque numa página, o ficar ou o seguir.
Por vezes, criamos outro rosto, outra cara, outra vida… enganamo-nos pois, ela é nossa, faz parte por muito que a tentemos ignorar. Escolhemos mal! Para alguns admitimos, para outros mentimos, é tão mais fácil ocultar parte desta cidade, destas paredes marcadas, escritas e delineadas. É então, construído um texto perfeito sem lapsos, sem pontos fracos e com tudo a favor… tão leviano como cruel.
Por hoje, é tudo! Vou desligar…

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Um céu de tom escarlate..

Posso dizer que faz tempo que não te pego.. que não mexo nestas palavras....

Escarlate

Eis que chega a noite...
As cigarras silenciam-se, o calor abrasador deu lugar ao vento fresco que percorre este espaço enquanto o sol se põe.
O céu pinta-se com tons carmesins, escarlate... um vermelho fogo, misturado com tantas outras cores que não achamos possível. Fiquei focada a ti, parece-me que a cada lufada de ar um novo rastilho é acesso, com a certeza de que o amanha terá um pouco mais do hoje, com mais cigarras que gritam e se agitam debaixo de tal temperaturas! Poderá parecer irritante, mas é a aquilo que lhes está destinado, apenas podem seguir tal caminho, dia a pós dia!

São paisagens como estas que me esquecem a alma e me deixam pensar que amanha sentirei tudo isto e voltarei a sorrir, pois já faz parte. :)

Liliana, 11 de Setembro de 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Até já Leiria...


Nunca sorri tanto na vida com vontade de chorar. Deixar isto para trás custa tanto, deixar pessoas, deixar imagens e vontades… deixar sonhos. Agora chega a realidade de ter de dizer adeus, a realidade de algo que vem agora, vem de novo. Novo rumo, novo percurso. Vamos em frente que não sou mulher de me ficar!
Aqui levo Leiria, levo as saudades, os bons momentos, os sorrisos os abraços e as noites. Levo tudo porque enquanto quisermos as vivências não desaparecem. Escolhi duas armas: o papel e a imagem, a fotografia, a expressão de um momento e as horas, as várias horas. Escolhi-as com pormenor de quem seguiu em frente, mesmo com os atritos, por este caminhos, antes desconhecidos, e, agora, tão nossos… Com estas caras que antes não nos eram nada e agora nos dizem tanto, são partes, fragmentos de experiência vivenciadas por nós.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Algo platónico...


Hoje, mais que nunca preciso de uma partilha entre o eu e a folha de papel, tendo como condutor a caneta que agarro nas minhas mãos.

Estou insaciável e nada me pára a mente. O que me leva a dizer:
Preciso de cativar, de pegar nas linhas e viciar-me a elas como alguém que tem um amor proibido. Este não pode acontecer, mas existe, exprime-se entre as veias, o palpitar acelerado de vários corações… entre os olhares apavorados de quem quer algo e não o tem, de alguém que precisa de avançar mas recalcula a rota a cada milésimo de segundo. Quase como se fosse necessário encontrar o novo rumo antes mesmo de cair na tentação.
Corre-se contra o tempo para não mostrar nada, há que conter expressão e forças repletas de vontades. Como? Nem sei! Por vezes, lá se revela mais um pouco daquilo que os dois amantes tentam esconder, a todo o custo, gota por gota, folha por folha, dá-se conta de um amor pouco real. Quem sabe algo platónico. Correspondido? Possivelmente! Vive-se num quarto, um sonho, numa cama vazia e fria o modelo pouco atractivo de seguir. Silencia-se o pranto de cada uma destas personagens, numa história com muito pouco de autêntico. Fica-se pelo simples pecado mortal de olhar, contemplar cada vontade, cada espaço, cada palavra. Olhos nos olhos há um tom assertivo de tudo aquilo que cada um pensa. Será caso para se dizer, tão perto e ao mesmo tempo tão longe.
Chega o comboio, os desconhecidos olham-se, observam-se com a certeza de que faltam segundos para se desfazerem dos pequenos desejos. Fecham-se as portas, pára o tempo, segue o seu percurso, desfaz-se o sonho e vive-se com ele. Volta-se a realidade rotineira de cada dia, agora, com alguém para procurar!

sexta-feira, 24 de junho de 2011



(Sou finalista, mas ainda faltam duas notas...)(assustada)

Pergunto-me como vou escrever coisas que são sentidas, momentos que ficaram na história juntamente com as pessoas de fizeram parte deles.
Tenho as memórias como fotografias, pequenos filmes na minha mente, algo que levo comigo para todo o sempre. Não quero ver isto como um fim de algo, mas sim uma virgula, uma interrupção com continuações... Cada um segue o seu rumo, no entanto, gostava que voltassem a traçar o vosso caminho pelos os meus espaços. 

quarta-feira, 8 de junho de 2011

7 de Junho

olá bom dia.

Hoje é o dia do meu aniversário.
Junta-se o pessoal e janta-se fora, canta-se os parabéns se assim tiver que ser (desta vez não foi, nem disso me lembrei nem tão pouco do bolo)
Por incrível que pareça deu-me gosto fazê-los, sorri, não me senti mal nem sozinha. Senti-me eu! Não critico ninguém por não se terem lembrado.
É alarmante, assim se passaram 22 anos... pedi muitas  vezes para chegar aos 18 e parar, mas o tempo não me ouviu, simplesmente seguiu. Tornou-se necessário sentir cada parte, cada momento da vida. Precisamos de aprender a escutar mais e a partilhar, a dar valor até as coisas mais básicas do ser humano.
Ser feliz é isto, viver com pouco e sentirmo-nos bem, é ter um sorriso na cara mesmo quando não corre como nos queríamos, é um abraço a dizer apenas: gosto de ti e fazes-me falta!
Muitas vezes não dizemos aos nossos o quanto gostamos deles, é pena, o amanhã é incerto, mas no hoje afirmo que sou feliz. :)
Sabem se pudesse juntava, aquelas pessoas, sim aquelas que fizeram a diferença, que estiveram lá :) como não é possível resta-me escrever sobre isso. Levar-vós nestas palavras, como um barco que leva os passageiros para o destino... não lhes tranco a porta pois é necessário seguir, no entanto, parte de vós ficou por aqui, comigo, faz parte de modo geral.

Hoje escrevi com gosto, pode não ter sido da melhor maneira mas deu-me gozo.
Fecho os olhos e sorriu porque tive um momento feliz, acreditei e realizei parte do que esperava.... ainda a medo, às vezes, é preciso seguir, olhar em frente mesmo com dores a caminhar, ver lado a lado quem nos apoio e quem nos destrói. Para esses tenho um sorriso pois apesar das adversidades estou aqui! Para os outros, os amigos, os verdadeiros tenho a minha palavra, a de que estou aqui e dou o que posso e se não fiz mais foi porque não me foi possível.

Possivelmente nunca o disse: Vocês são importantes para mim :D Preocupo-me realmente! (Lamechas não é? Não estou minimamente preocupada com isso)

Façam o favor de ser felizes, muito felizes.... obrigado pelo caminho traçado, pelas honras da "casa", obrigado por fazerem parte :)

E assim se passou mais um ano a correr!!!

sábado, 14 de maio de 2011

O que foi... a tempestade que aqui passou.

Há dias horríveis em que não nos sentimos bem com nada nem com ninguém. Dias esses em que precisamos de estar sozinhos e aparece o inevitável. De tantos dias, horas e momentos porque é que esta alma tinha de estar aqui? Não lhe desejo mal, mas não a quero aqui! Não hoje, não nestas horas, neste momento. Não tenho a mínima paciência para o que quer que ela faça. Não consigo entender como há uma falta de respeito tão grande. Peço apenas para não explodir, para que quando acabe de escrever este texto eu consigo adormecer logo.
Quanto a mim não estou triste mas também não me dou por feliz. Parece que hoje há qualquer coisa que me toca na ferida, não sei onde me dói, sei apenas que dói.
Sei que não tenho paciência para gentinha com esta menina que vejo diante dos meus olhos, gente que não faz nada na vida e passam a noite inteira no PC sem fazer nada de jeito.. enquanto que um pessoa que fez 400km chega ao quarto e quer alguma paz e sossego para dormir e não tem! Pode-se a apagar a luz e eu continuarei a ouvir o barulho irritante das teclas de quem escreve, mas não escreve nada.
Será que não há mais nada de útil para fazer neste mundo?
Será que não pensa? Será que não lhe custa fazer mal aos outros?
A serio a minha vontade é pegar na minha almofada, na manta e ir dormir lá para fora. Acho que os mosquitos não são nada de mais.

Estou meio triste, doí-me a cabeça, tenho vontade de chorar e queria um abraço, queria colo.
Não dormi nada de jeito no expresso para Leiria. Acho que nestes dois últimos dias vi coisas que nunca esperei ver, vi reacções de alguém que nunca esperei antes…. Vi a realidade a entrar a quem nunca lhe ligou, da maneira mais dura. Vi tudo isso sem pestanejar. É incrível como há tempo para tanta coisa e não existe uns breves momentos para nos ouvirmos uns aos outros. Só chegamos a essa conclusão quando o mundo desaba e ai fala-se sobre tudo, perde-se tempo do tempo que nunca se teve. Sentamo-nos cara-a-cara , olhos nos olhos, e ouvimos, mais importante que isso, somos ouvidos, não pelos outros mas pelos nossos, os familiares.
Bem eu devia deixar-me de histórias e ter ido logo dormir, só que precisava de escrever, deixar a marca de um dia que me pareceu estranho e diferente… pena que tenha sido pelas razões que foram. Não sei se tenho algo mais a acrescentar, sei que tenho de ir descansar, no entanto, ainda vou ligar o PC quando não o deveria fazer.
Liliana, Leiria (chegada a casa), 02:53H, 25 de Abril de 2011. –> Dia de liberdade, o dia em que me sentia mais presa e sem palavras, quase como se fosse proibido falar, argumentar ou discutir. Acho melhor para de reflectir. (Já construi coisas tão belas, agora, fiquei-me pelas mais negras, medonhas e negativas. Assim foi o meu dia)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Saudades do mar...

Eu era para estar a trabalhar. Já filmei e agora deveria estar a editar, mas não consigo, não tenho concentração para isso. Algo me deixa presa no horizonte, algo me deixa a olhar para o nada, porque é isso mesmo, eu não sei para onde olho.
Estou maçada, cansada. Não deixei de gostar disto mas queria algo, queria pegar, fazer algo...queria o mar, queria ver o puro mar.
Ouvir o barulho do rebentar das ondas, sentir a brisa fresca, o cheiro a maresia. Fecho os olhos para que assim te leve a qualquer lado, pois esta era a única paz que precisava. Senti-me feliz, senti cada pecado de ti, ó mar!
Queria fotografar ideias, sensações, queria levar comigo aquilo que aqui escrevi. já usei as palavras e pareceram-me fortes, já usei a fotografia e deixou muita à quem.... falta algo, algo muito importante, falta... falta fazer parte, ter o serviço completo, por assim dizer.

Senhor porque sou tão insatisfeita? Porque me completo com coisas que poucas pessoas ligam?
Acho que o cansaço está a tomar conta e mim.

Ó mar, abraça-me
Tapa-me com teus mantos,
Em teus turbantes de um azul infindável,
Porque sóis tão amável,
tão maravilhoso e revoltoso em tuas ondas, tuas simples ondas.
Como tens tanto poder?
Como te consigo amar tanto sem te ter ligado, devorado ou enaltecido?
Não me aproveitei de ti, não te disse que me fazias falta, mas mesmo assim aqui te tenho em meu coração, nos meus sonhos ... meu amado mar.

Da tua algarvia que te abandonou, mas que nunca te esqueceu!

Liliana, M.G., 6 de Abril de 2011

Diário de Bordo

Hoje sinto-me feliz... O trabalho tem dado lucro, tenho me conseguido orientar bem.
Olho em volta e penso os três meses vão passar a correr e que vão deixar saudades disto tudo. Ainda tenho fitas para entregar e, parece que, com elas sai parte de mim (Lembrei-me daquela celebre frase: há pessoas que levam com elas um pouco de nós)

Liliana, 25 de Março de 2011 M.G.

Acho que vou começar a fazer uma espécie de diário de bordo, não é que eu fosse menina de ter diários em pequena ou de escrever a contar tudo o que se tinha passado em x dia. Mas penso que agora encaro isto como um guia as minhas próprias páginas.  
Penso que coisas mesmo importantes a reter neste caderno serão poucas ou nenhumas. Melhorar a minha caligrafia também não era mal pensado, mas não passa por ai... efeitos de escrever rápido!
Outras das coisas que acho notória foi que a semana passou a correr e estamos no muito aguardado fim de semana. Por estranho que pareça a minha vontade é ficar em casa, quieta no meu canto, nem vontade de ouvir as músicas "de saídas" eu tenho. Ando numa de Muse, System e coisas desse género. Não é mau de todo, a música é boa, o som viciante  e a letra uma amostra da realidade (não quer dizer que seja em todos os casos assim)
Peguei no caderno para não estar a olhar para o passado (porque raio me lembrei desta palavra agora quando não era isso que eu queria dizer) o vazio. Muitas vezes tenha dele, tão belo e com coisas tão feias, começando pela minha letra.
Será possível estar farta de pessoas, farta de mostrar aquilo que sou para depois me lixar. Cansei-me de ser assim, cansei-me de não compreenderem que nem sempre posso e quando digo que não fiquem descontentes. Esta é a verdade, será melhor esconde-la para me enganar a mim ou aos outros, conto ou não a verdade?! Porque será que falar de mim se tornou extremamente difícil, pela qual perdi a vontade.
Ainda há quem se lembre de mim e agradeço por isso (também depende dos motivos, mas os que aquilo falo são bem distintos)


Esta música enfatiza algo, enfatiza tanta coisa que não vou referir, vou sentir. 
Liliana, Março de 2011.

sábado, 26 de março de 2011

Ideias...... Perdidas?!

Mais meia hora parada...
Pergunto-me se é a hora que me incomoda, se sou eu que que já não sei mais o que fazer para ocupar a minha pessoa (se é que tal expressão existe).
Uso muitos "ses" e muitos "mas" penso que não seja só na escrita, algo que também se aplica à realidade.

Neste momento, estou perdida entre uma caneta e a folha de papel, entre a música que oiço e o barulho que esta não consegue "enganar". Não olho para nenhuma das personagens da sala, não me dizem nada e eu também não. Estamos bem assim. Penso que alguns olham e pensam: que tanto escreve aquela alma? Escrevo a minha vida, a minha bíblia ou melhor o meu fado.
Como me expresso assim? Pergunto várias vezes! Como passo tanta coisa para cadernos como este? Como os destruo pela maneira despreocupada de escrever. Derramo-lhe pensamentos aleatórios, como se fosse um balde de tinta, que muita vezes tem repetidas tendências. Assim sou eu!

Liliana, 23 de Março de 2011

Ideias...... soltas?!

Notas do momentos que passo à espera do autocarro... dá-me para escrever.



Há aquela vontade de escrever, mas também há medo de errar, de riscar parte daquilo que escrevi ou, quem sabe, tudo!
Ainda não me construí o suficiente, faltam peças, pedaços, fragmentos de mim… faltam pessoas, se é que posso dizer isto, falta a mão-de-obra. Não, não sou uma obra de arte nem nada que se pareça com isso, mas é verdade que o ser humano precisa da sociedade, de viver em grupo, pois sozinhos, nós, não seríamos nada. (Pena que nem todos pensemos assim)
Se tudo está bem porque é que eu não estou? Voltamos ao eu, à mesma questão de todo o sempre. Será possível estar cansada de mim? Queria e quero-me resolver. É como se a caneta e o papel já não servissem para tudo.
Conformista?
Egoísta?
Penso que nenhuma delas. Tenho de me resolver para ficar em paz. Estes são os meus dramas! Serão normais? Com tudo o que isto inclui.
Eu não espero pelo D. Sebastião, o salvador da pátria que nunca chegou… eu espero por uma resposta às perguntas que já nem eu sei formular. Passei a senti-las e a conviver com elas sem lhe ter dado importância. No entanto, agora na verdade observo que em cada dia que isto aconteceu eu não devia ter deixado!
E sobre este magnífico sol eu sinto frio, um frio de morte que me congela a alma. Quero estar quieta, mas parar é morrer e eu não posso, não posso parar nem tão pouco condenar-me assim.

/Agora lembrei-me das saudades que tenho do mar, do cheiro, da brisa, do barulho das ondas. Acho que é assim que se sente a paz de um momento onde tive a capacidade de observar à calma, apreciar o momento e amar aquela que penso ser a minha principal falta, o mar, o mar do Algarve que nunca perdi tempo a ver, não no verão, mas no inverno. Um denso areal vazio… apenas para contemplação. Tenho de arranjar um hobby, algo que não me dê cabo da mente e me ofereça alguns momentos./

Letrinhas que é feito de vocês?!
Liliana, MG (dia de sol e ainda sim frio), 23 de Março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

Quero a chuva de inverno
Sim, aquela fria como a aragem
Tão mais fria quanto as palavras!
São elas que me gelam a alma, os sentidos
Sinto a calor a fugir-me da pele,
A correr juntamente com o vapor que sai,
Transfigura-se,
Evapora,
Arrefece….

Fica em mim a ausência,
A falta de querer,
O desacreditar.

Parte-se do princípio que sou capaz?
Mas e se não sou?
Não sei como continuo,
Se sinto ou não.
Sou uma desconhecida do outro lado da rua.
Vejo o meu reflexo numa janela
Espelha as minhas duas faces
Estilham-se, Partem-se, Quebram-se
De um só olhar

Corre o vento frio,
Corre pelas minhas veias,
Esfria-me o sangue.
Sinto o pulsar do meu coração
Primeiro rápido…depois lento.
Não sinto a força
Não sinto a raiva
Não sinto a vida!
Será que morreu parte de mim,
Que tenho dois corações?

Anda,
Senta-te a meu lado,
Abraça-me,
Faz-me sentir bem.
Aprende e ensina-me,
Valoriza-me ou ri-te de mim…
Com verdade, pura verdade.

Chega de encenação,
Chega do meu teatro,
Chega de o ter de continuar e não saber bem o porquê.
Não sou uma farsa,
Sou algo que ainda não tive a capacidade de perceber!

Liliana, 1 de Março de 2011

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Palavras desmedidas...

Se as palavras têm assim tanta importância... há que saber usa-las, saber comunicar, saber como dizê-las ou pronuncia-las, há que ter a noção do que magoaram, de como separam gente, de como ferem e de como já não saem as marcas. O tempo passa mas elas ficam. Sim, as marcas ficam, as pessoas passam, significam e deixam de significar. De um momento para o outro se perde tudo, perde-se a consciência. Um dia ao reler isto ainda me vou lembrar de muita coisa inclusive da revolta com que, aparentemente, o sentir se revelou! 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O jogo do Anjo - Reflexão após Leitura

Acabei de ler o jogo do anjo!

Uma história de perdas, com muito amor as letras.

A cada passagem dei por mim e ver parte de algo que me parecia ser conhecido.

Dei por mim a chorar a ler as ultimas linhas quase que, como, se estas me dissessem tudo, quase como se eu fizesse parte desta história, como se entrasse na cabeça do escritor. Repartir sentimentos, o horror, a desgraça e a morte para no final fazer as pazes e não partir para a vingança! Passamos grande parte do tempo a viver paredes meias com a inveja, a tentar correr a nossa vida sem ter de ofender a de ninguém, vivemos lado a lado com as perdas, com as ausências, com os lamentos e com a falta de toma de decisões. A vida não é fácil e estas páginas é prova disso, mas nada acontece por acaso, ninguém se cruza na nossa vida sem mais nem menos… tudo tem uma razão e é essa que eu procuro, tal como o escritor o descreveu. Este livro não teve as minhas palavras, no entanto, de algum modo acho que me são próximas, que fazem parte e que mexem comigo. Não sei se será apenas comigo que isto acontece, mas ao passar as folhas de um livro não é só isso que ocorre, é algo muito mais rico, mais vivido… é a lição do dia retirada de umas meras folhas de papel.

Ao escrever isto já não choro, estou confortada, com vontade de avançar. Acho que precisamos de alguns choques de emoções para continuar, seguir ou até perdemo-nos no mundo, na fantasia, tendo em conta que o real está próximo e é nesse espaço que tudo acontece, tudo se junta, tudo se realiza sem ensaios, sem possibilidade de voltar atrás ou de apagar as pegadas, as situações e as atitudes.

No final só tenho a dizer: Obrigado por escreverem escritores… Carlos Ruiz Zafón J

domingo, 30 de janeiro de 2011

Hoje chorei...

Hoje chorei. Não me perguntem o porquê, porque nem eu sei.
Apenas chorei porque precisava. Era uma angústia enorme, um aperto, ao qual eu não consigo definir. Pergunto porque será que as coisas têm de ser assim!
De um sorriso passamos a uma lágrima com uma facilidade enorme…
Abracei-me a almofada, pensei e repensei o porque de estar assim, não cheguei a nenhuma conclusão. Continuei a chorar, não era compulsivo, era aquela vontade de estar bem, sem expressão, enquanto as lágrimas desciam pela cara rapidamente, muito espeças, com gotas pesadas de água cristalina por uma dor que eu não sei explicar! Sim, isto é de loucos, eu não sei o porque de ter começado a chorar, mas é como se me tivessem magoado imenso.

Sinto-me esquecida, sem qualquer importância, como se aquilo que disse fosse um mero pronunciamento de sons apagados, pelos momentos, por alguém que já não tem tempo!

Sofro o desgaste destas situações, destes altos e baixos, sofro comigo e para comigo. Aprendi a calar-me porque não há tempo para parar e escutar, para dar a mão a alguém que tropeçou no meio do caminho! As pessoas passam e não notam, é-lhe indiferente, é-lhe desconhecido até ao momento em que são elas a passar por isto, pelos mesmos trilhos - caminhos cheios de pedras, rasteiras e alguma incerteza. Por muito que olhe em frente nunca serão capazes de vê-lo na totalidade, não se tem acesso ao futuro apenas por olhar em frente! É necessário ter cuidado com os passos dados, com o facto de não se poder voltar atrás, com as marcas feitas.

São 6:30 da manhã eu era para estar a dormir, mas não consigo! Algo me inquieta a alma.
Boa noite

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Há dias assim....

Amor…
Aprendi nesta vida que não é nada,
Aprendi que nos magoa,
Que nos faz sorrir
E que nos deixa desolados quando mais precisamos.
Não olha para trás
Nem sequer se preocupa de como nós deixou.
Prevalece a vontade de ir embora, de já não ter nada para incomodar!

Aprendi que é importante,
Mas o amor-próprio torna-se muito mais necessário,
Ao ponto de em determinadas alturas ser suprimido por o outro tipo de amor!
E depois… depois morre, morre juntamente com tudo.
Quem fica bem? A outra parte, a que partiu e não olhou para trás
A que nos viu, um dia, como algo importante e frágil e,
Agora nos jugou no lixo como se não fossemos necessários!

É para ti que ainda escrevo, não enquanto pessoa, mas sim sentimento
É a ti que que eu já não confio meu coração cicatrizado.
Deixo-te apenas o passado como lembrança,
O aviso e a certeza de que não te conseguirei evitar para sempre!

Estou farta, saturada daquilo que me trouxeste,
De não teres um pouco de consciência ou de respeito.
Fica então a certeza: tu não sabes o que é o amor
Eu já não volto ao cabo das tormentas, onde naufragou a minha vida
Já não te confesso sentimentos nem opiniões
Já não te vejo, nem tão pouco te quero.
Ainda te digo mais: no final destas linhas eu não chorei, nem por ti nem por ninguém!

Liliana, Janeiro de 11

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Professores de estórias

Se não fosse o frio que está na rua a esta hora… eu gostaria de estar perto de uma fogueira a olhar para as estrelas e a escrever, com os phones nos ouvidos para que a música me acompanha-se enquanto a caneta percorre estas folhas. Como se fosse uma ordem ela escreve letra por letra aquilo que penso ou conjugo na minha mente. Será a prisioneira dos meus recados ou mensagens? Será a tinta o sangue que lhe faço derramar por exigir que escreva o que sinto ou passo?
Pensei numa estupidez que ainda assim vou contar. E se as folhas já não me deixassem preenche-las com as minhas palavras, e a caneta já não fizesse parte desta indumentária? Que seria de mim sem eles?

Esta poderá parecer a conversa mais banal de todo o sempre, tola ou louca. Mas eu não vivo sem isso por muito que nos voltemos para o digital eu continuarei a sentir falta das folhas e da tinta azul de uma caneta, com o seu cheiro tão característico. Não as considero escravas dos humanos, mas sortudas por poderem fazer parte de alguns dos momentos mais belos que descrevemos, dos lindos desenhos e das magníficas músicas.

Por muitos mais anos que passem continuarei a andar sempre com um papel e uma caneta para qualquer lugar que vá, mesmo que não os use sempre, mas já faz parte e se não os tiver sinto-me incompleta. Nem todos os dias terei a capacidade de escrever, de retratar expressões, de desabafar ou até de apontar uma frase, no entanto, como simples companheiros de tantas horas, seguirão dia após dia comigo!

Não preciso de cores, chega-me bastante bem o azul, não quero corrector pois a escrita quer-se com imperfeições porque nada, mesmo nada, sai bem de uma vez só, há sempre aresta para limar, pontos a retocar, coisas que deixamos passar. Se não o alteramos logo sei que o faremos num momento em que haja disponibilidade para isso ou que a mente já tenha crescido e assim nos ensinado. Vejo isso comigo, principalmente, na maneira como pontuava as frases e como ainda o faço… tenho que crescer muito, tenho de maturar ideias e conceitos chave para que possa, um dia, escrever melhor, sem erros e com uma pontuação o mais correcta possível.

Em cada livro há uma história e nesse mesmo livro há um professor que nos ajuda a ganhar vocabulário, nos incute regras. Muitos autores logo, muitos professores com diferentes estilos que criam sem mais demoras uma remistura de emoções, conceitos e histórias… que criam um novo ser dentro de nós, como se nascesse um mundo de estórias, um professor que passará algo, um estilo próprio…

Não sou escritora, sou apenas alguém que gosta de dividir com o mundo os seus pareceres. Sei bem que não é para todos aquilo que escrevo. Há que vir com paciência, gosto e com críticas construtivas que eu quero é aprender.

Boa noite professores, obrigado pela lição deste dia. Amanhã quero aprender mais!

p.s-Conto com a sua resposta hoje e sempre, conto com ela mais que uma vez e não pense, nem por um momento, que esta não me faz falta. Porque ela é parte integrante de mim.
Esta nuvem de cultura onde se remisturam coisas (aquilo que quisermos).

Liliana, 19 de Dezembro de 2010, às 04:24 (deu-me para escrever)