segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Ideias desconfiguradas

"Eu hei-de amar uma pedra"... se bem me lembro este era um titulo de um livro, quando o vi, pela primeira vez, achei-lhe imensa piada pela conjugação de duas coisas onde não há afinidade.
Agora digo isso a mim mesma... amar uma pedra seria muito fácil, não traria tantos problemas como aqueles que se atravessam no nosso caminho. Deixei de acreditar nesse sentimento por muitos dito, por muito tentado e exposto em todas as ruas, em todos os climas... pela chuva, pela lama e pela alegria de vários momentos conjugados num só. Depois, depois deram-lhe o nome de felicidade e explicaram que precisamos dela para os mais ínfimos desejos/vontades. Sei que sim, mas a verdade é que não me faz lógica, não me entra na cabeça nem no coração tamanha coisa. Desinteressei-me daquilo que anda à minha volta, das pessoas, vi-me entre estilhaços a tentar perceber as coisas mais básicas da existências humana, aquilo que consideram dado adquiro desde sempre. Deixei-me nas ruas ao vento, numa tentativa desmesurada de saber quem sou e o que está errado. Só que nada mudou, nada acalmou e tudo fico assim, o casos insatisfeito de corrosão. Pulsa o sangue com mais força, tento acompanhar a carruagem que perdi, o rumo que vai lá longe, longe de mais para conseguir dar conta dele. 

 Liliana,  2 de Agosto de 2012

Um comentário:

Anônimo disse...

Liliana, apesar de todos os dramas e acontecimentos infelizes que já conheceste na tua vida, ainda és demasiado jovem.
A vida em si, não é nada e é tudo ao mesmo tempo. A vida é alegria, é sofrimento, é euforia, é tristeza... Viver, não é mais do que enfrentar o que a vida tem para nos dar.
Pensas que as coisas não têm sentido, mas o sentido das coisas é esse mesmo.
Apenas quem se encontra perdido é que pode encontrar o seu caminho...
Ao menos sabes mais que todos os que te rodeiam... Sabes que estas perdida. Agora resta-te encontrar o teu caminho...

De alguém que não conheces.

Filipe