sábado, 10 de julho de 2010

A carta (o ponto final)


Tirem-me este sufoco,
Roubem-me alma que com ela já não quero viver.
Mais um sopro, mais um suspiro e o tempo que não passa quero esquecer!
Mas não consigo, não me é possível apagar aquilo que aqui vive.
Porque me pedem para esquecer um sentimento que está vivo, um sonho que alimentei durante tanto tempo?

Todos erramos é verdade, mas porque é que não me perdoam, porque é que não investem em mim e nos meus objectivos, porque me deixam desamparada quando aquilo que mais preciso é amparo. Não, não se torno algo necessário mas sim indispensável com o qual precisava para progredir. Se por um momento pensas ou sonhas que te consigo odiar… estas redondamente enganado porque não sou assim.
Tenho tanto para dizer, mas dou por mim a não conseguir fazê-lo. O teu silêncio mata-me, deixa-me partida em mil bocados… dá-me um abraço! Aconchega-me a alma que preciso disso agora, preciso de amor-próprio e de alguém que tanto lutou para o tivesse.

Volta atrás, volta para mim… pára um pouco e repensa tudo, esquece o não, esquece que não me queres por perto e recorda tudo, mas tudo sem raiva e sem ódio por estares a fazê-lo. Se ainda assim a resposta for não… por favor não esperes que daqui a uns tempos te veja na rua e te olhe com um sorriso, olha-me nos olhos pois verás muito deles… tentarei não chorar, só não sei se não tenho capacidade de o fazer!
Todos os dias te escrevo, conto-te por palavras aquilo que não queres ouvir nem ver, pois já está mais que decidido que não me queres de volta… penso que no meio disto tudo algo mudará…. Ainda tenho esperança, ainda acredito em ti e se me deixares ainda lutarei pela nossa união. Só tenho medo que no futuro te fartes e me odeies ainda mais e nem a amizade que queria fica para contar a história.

De tantas coisas estranhas que já passei e algumas que recordo! Eu sei exactamente quando algo que me magoa esta para acontecer a partir do momento em que acordo… sabes porque? Porque os dias parecem cinzentos, eu sinto-me triste e o vazio toma conta do meu espírito e do meu coração. Vivo como se o hoje fizesse parte do inferno e eu fosse um fantasma, não ligo a nada nem vejo o mínimo pormenor. Sinto uma angústia que me consome por dentro e como medo de saber que mais vem por ai a baixo que me irá magoar? Que mais me trará lágrimas neste momento.

Enquanto me pedes que o consciente te esqueça por completo existe o inconsciente, esse não é possível ter mão sobre ele, que me faz sonhar contigo, sonhar com aquilo que já tive e com o queria ter! Porque desistir agora? Se eu levo o meu objectivo a frente? Porque não me das só por um momento aquilo que quero mesmo que para isso tenhas que me magoar ainda mais. Tenho esperança e algumas fé… são estes os dois pontos que congregados ainda te chamam num grito surdo de som, mas cheio de amor e preenchidos de feridas feitas pelo tempo e ao longo das situações.

Vou dormir, porque estou cansada, mas vou sonhar com o menino dos meus olhos.

Liliana 05:03h 1 de Julho de 2010



Mais uma hora, mais um dia em que pensas que te esqueci… que te apaguei da minha mente. Errado!!!!!
Até posso dizer olá, mas não vais perceber o que me move, o que me faz seguir e, sinceramente, nem eu sei o que faz.

Salva-me! Ou deixa-me morrer aos pouco no teu coração, se é que ainda tens dentro de dele um pouco de mim como antes, a tempos atrás, me denunciaste.

Estou revoltada, é verdade, mas não te odeio, sim porque eu não consigo odiar quem já me fez bem só há um senão, tu também já me fizeste muito mal. Gostava de saber o que vai nessa mente, se não se equipara aquilo que já fizeste uma vez, se não vais voltar atrás… o que me garante isso? Não sei ao certo que vai acontecer, mas há algo que me diz que tu, sim tu, vais voltar a olhar para o assunto, vais voltar a sentir a minha falta e talvez depois de isto tudo ainda me dês algum valor. Há algo que me diz que isso irá acontecer… e tu que neste momento estas cego e nem vês o que sinto, estas completamente focado em ficar sozinho e achas que se explicares as coisas uma única vez tudo se percebe. Como, pergunto eu, como é que não olhas, como não vês, como não paras e pensas um pouco! Aceitaste a opção de me negar, de não me querer ver, de me magoar porque assim é mais fácil esquecer-me e, quem sabe, odiar-me o máximo possível. Como se esta pequena opção que tomaste, de cabeça quente, fosse a melhor? Como se te fechaste no teu mundo fosse a alternativa a seguir! Não te importa quem esta de fora, só queres afastar quem está por perto, quem te ama ou gosta de ti, ou o ficar sozinho que tanto enalteces tem mais que um motivo e como nunca me o disseste, por isso eu supus isto… odeia-me com todas as letras que ainda assim eu saberei o que é o amor, sim aquilo que tenho por ti, aquilo que me faz escrever estes mil texto que não tens acesso, que não pensas sobre eles. O teu título foi passado e, eu, tive que o aceitar a toda a força e com toda a tua raiva. E a famosa frase que o tempo tudo cura. Odeio-a… não a tolero porque isso é mentira! Odeio as horas, estas paredes despidas e o tempo que custa tanto a passar, odeio o facto de não me dares um pouco de valor, odeio por simplesmente achares que Leiria é longe, odeio que ninguém que abrace pelas notas que tenho, pelas directas que faço e por aquilo que me mato…. Odeio!

Que vida :S

Fim de um livro de memórias que se quiseres terás acesso, mas tenho a certeza que não a irás procurar. Para mim chega! Diário de ausências

Liliana 5 de Julho de 2010 03:25h



Hoje vi a tua cara e o teu olhar, vi a vontade de me levantares a voz porque pela primeira vez eu disse que não ia desistir… Pensei que te conhecia ou será que só demonstraste aquilo que querias que eu visse. És tão teimoso que não sei como acordar-te desse teu mundo onde, penso eu, nunca me deixaste entrar. Hoje disseste o que tinhas para dizes, ignoraste-me como se fosse algo que te estivesse a consumir o tempo, como se ninguém se importasse contigo. Agora és tu que me ignoras, e não digas que não te avisei. Dou-te tempo e ausência, dou-te paz e ausência de dores de cabeça como tu disseste.

Não sei o que será do futuro, não sei como seguiras, não tenho a certeza de nada, mas acredita que se te arrependeres do que me estas a fazer tu, sim tu é que te vais esforçar para tal, tu é que vais estar sentado a meu lado como estive hoje, tu é que vais sentir aquilo que senti com uma única diferença eu não vou ser tão arrogante para ti e ainda te olho nos olhos… talvez perca tempo, do meu tempo, para te ouvir porque não sou como tu, não vou agir como o fizeste. Ah e nesse mesmo momento terás a bela oportunidade de ler aquilo que escrevi e, agora, não fizeste porque o tempo não te deixou… Possivelmente, se essa altura chegar, de lágrimas nos olhos ao ler isto… irás sentir o coração vazio como o meu, irás perceber o erro cometido de um futuro que tu condenas por achares que lhe dou importância! Até Mais!

 FIM

P.s- Não vou deixar de dar importância ao meu curso porque o que estudo tem mais valor do que aquilo que possas imaginar, estou a lutar pelo meu futuro e tenho um objectivo fixo, está traçado e não vou apaga-lo. É o meu sonho, é a minha luta, é tudo aquilo que consegui com o meu esforço e sim, tu não lhe dás valor!

P.s- Acabei de desistir!!!!!

Liliana 9 de Julho de 2010, 21.13h

Um comentário:

Ted Sampaio disse...

Olá. Gostei muito de teu blog, dos teus sentimentos escritos. Este foi, sem dúvida alguma, o texto que mais chamou a minha atenção pela siceridade empregada e por realmente trasparecer tudo que você etava sentindo no momento em que foi escrito.

Parabéns garota.

Mas aí vai uma dica de Veríssimo:

"De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar lama. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode que o medo impeça de tentar.